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sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Palestras de Março

Disponíveis também em post ao lado esquerdo da tela ou em pdf no quadro Palestras 2014.


08 – Franciléia M. Luz – Tema: O Que É O Espiritismo – Campo Bom

               15 – Edson Carlos – Tema: A Importância do Evangelho no Lar – Campo Bom
                             22 – Carlos Steigleder – Tema: Livre – Sapiranga
                            
                             29 – Joelci Gentil – Tema: Livre – Canoas

Endereço: Rua Três Coroas, 824 – Bairro Imigrante – Campo Bom – RS – Brasil – Cep:93700-000


(51) 9609-2856 e 9299-0871

Face’s: GE Mensageiros da Luz

                GE Mensageiros da Luz II

                                  Grupo Espírita Mensageiros da Luz

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Feliz Coração

Alma fraterna, escuta:
Se podes atender,
Mesmo imperfeitamente,
À tarefa que a vida te confia,
Rende graças a Deus!...

Se alguma alfinetada te aguilhoa,
Se alguma prova sobrevém,
Auxilia, perdoa
E prossegue no rumo
Que o caminho te aponte para o bem...

Lembra: quantos irmãos, ainda hoje,
Clamam desesperados,
Sob a luta sombria
Dos que se entregam à revolta,
Enceguecidos pela rebeldia!...
Quantos jazem no leito,
Situando na morte a última esperança...

Quantos caem, aos gritos do remorso,
Na delinqüência que os arrasa...
Quantos choram, em vão,
As horas que perderam!...

Recorda tanta gente,
Em pranto, junto a nós,
E nem pela fração de um só momento,
Não te queixes de mágoa ou sofrimento...

Ergue-te de ti mesmo
E busquemos agir
Para estender o bem ao nosso alcance.
Se podes trabalhar
Não fales de amargor,
Desengano, tristeza ou cicatriz,
Porque, servindo aos outros por amor,
Já tens, por Dom de Deus, coração feliz.



Autor: Meimei
Psicografia de Chico Xavier. Livro: Aguarda.
Fonte:http://www.oespiritismo.com.br/mensagens/ver.php?id1=547

Reverenciando Kardec

Antes de Kardec, embora não nos faltasse a 

crença em Jesus, vivíamos na Terra atribulados 

por flagelos da mente, quais os que expomos:



o combate recíproco e incessante entre os 

discípulos do Evangelho;



o cárcere das interpretações literais;



o espírito de seita;



a intransigência delituosa;



a obsessão sem remédio;



o anátema nas áreas da Filosofia e da Ciência;



o cativeiro aos rituais;



a dependência quase absoluta dos templos de 

pedra para as tarefas da edificação íntima;



a preocupação de hegemonia religiosa;



a tirania do medo, ante as sombrias perspectivas 

do além-túmulo;



o pavor da morte, por suposto fim da vida.







Depois de Kardec, porém, com a fé raciocinada 

nos ensinamentos de Jesus, o mundo encontra 

no Espiritismo Evangélico benefícios 

incalculáveis, como sejam:



a libertação das consciências;



a luz para o caminho espiritual;



a dignificação do serviço ao próximo;



o discernimento;



o livre acesso ao estudo da lei de causa e efeito, 

com a reencarnação explicando as origens do 

sofrimento e as desigualdades sociais;



o esclarecimento da mediunidade e a cura dos 

processos obsessivos;



a certeza da vida após a morte;



o intercâmbio com os entes queridos 

domiciliados no Além;



a seara da esperança;



o clima da verdadeira compreensão humana;



o lar da fraternidade entre todas as criaturas;



a escola do Conhecimento Superior, 

desvendando as trilhas da evolução e a 

multiplicidade das “moradas” nos domínios do 

Universo.



Jesus — o amor.



Kardec — o raciocínio.







Jesus — o Mestre.



Kardec — o Apóstolo.



Seguir o Cristo de Deus, com a luz que Allan 

Kardec acende em nossos corações, é a norma 

renovadora que nos fará alcançar a sublimação 

do próprio Espírito, em louvor da Vida Maior.





Autor: Emmanuel
Psicografia de Francisco Cândido Xavier. Livr: Doutrina de Luz
Fonte:http://www.oespiritismo.com.br/mensagens/ver.php?id1=609

Merecimento Espiritual

Todos os seus estados e condições, realizações e 
necessidades podem ser definidos por máquinas, 
engenhos, instrumentos, aparelhos, laboratórios 
e fichários da Terra; entretanto, não se esqueça 
você de que o serviço ao próximo é a única 
medida que fornece exata notícia do seu 
merecimento espiritual.

Autor: André Luiz
Psicografia de Psicografia de Chico Xavier. Do livro Ideal Espírita

Fonte:http://www.oespiritismo.com.br/mensagens/ver.php?id1=617

Questão de Escolha

Na faixa mental em que você atua, é natural que receba as mensagens com o mesmo teor vibratório como as envia.
Quem aspira à elevação moral e espiritual, sintoniza com vibrações superiores, que se fazem estímulos vigorosos, produzindo harmonia interior e renovação.
Da montanha, a visão da paisagem é mais ampla e o ar mais saudável.
Quem se demora no pessimismo, acalentando insucessos, assimila ondas inferiores, que carreiam miasmas pestilenciais, fixando-os nos painéis da emoção, que geram desequilíbrios e enfemidades.
No vale, a faixa de liberdade é menor e o campo de ação mais abafado.
Entregando-se a Deus - " a onda de comprimento nulo e de frequência infinita" - você se transfere psiquicamente, onde se realiza plenamente.
Atormentando-se com dúvidas e paixões dissolventes, onde as distonias desalentam ou aceleram o ser, você tomba, mentalmente, nas demoradas faixas das sensações inferiores, nas quais se desarticula.
O céu está ao seu alcance.
O inferno encontra-se a um passo de você.
É questão de escolha...
Quando você sorri com alegria, os seus equipamentos se descontraem.
Quando você se encoleriza, todos os seus implementos recebem altas cargas vibratórias destrutivas.
A felicidade começa no ato de desejá-la.
A desdita se inicia no instante em que você lhe dá guarida.
Utilize bem o seu tempo, tudo fazendo para que o seu momento seguinte seja-lhe sempre mais promissor e agradável.
O que não alcance agora, insistindo, conseguirá depois.
Eleja, portanto, os ideais de engrandecimento humano e não se detenha nunca.




Autor: Marco Prisco
Psicografia de Divaldo Franco. Livro: Ementário Espírita

Fonte:http://www.oespiritismo.com.br/mensagens/ver.php?id1=554

O Retorno do Apóstolo Chico Xavier

Quando mergulhou no corpo físico, para o ministério que deveria desenvolver, tudo eram expectativas e promessas.

Aquinhoado com incomum patrimônio de bênçãos, especialmente na área da mediunidade, Mensageiros da Luz prometeram inspirá-lo e ampará-lo durante todo o tempo em que se encontrasse na trajetória física, advertindo-o dos perigos da travessia no mar encapelado das paixões bem como das lutas que deveria travar para alcançar o porto de segurança.

Orfandade, perseguições rudes na infância, solidão e amargura estabeleceram o cerco que lhe poderia ter dificultado o avanço, porém, as providências superiores auxiliaram-no a vencer esses desafios mais rudes e a crescer interiormente no rumo do objetivo de iluminação.

Adversários do ontem que se haviam reencarnado também, crivaram-no de aflições e de crueldade durante toda a existência orgânica, mas ele conseguiu amá-los, jamais devolvendo as mesmas farpas, os espículos e o mal que lhe dirigiam.

Experimentou abandono e descrédito, necessidades de toda ordem, tentações incontáveis que lhe rondaram os passos ameaçando-lhe a integridade moral, mas não cedeu ao dinheiro, ao sexo, às projeções enganosas da sociedade, nem aos sentimentos vis.

Sempre se manteve em clima de harmonia, sintonizado com as Fontes Geradoras da Vida, de onde hauria coragem e forças para não desfalecer.

Trabalhando infatigavelmente, alargou o campo da solidariedade, e acendendo o archote da fé racional que distendia através dos incomuns testemunhos mediúnicos, iluminou vidas que se tornaram faróis e amparo para outras tantas existências.

Nunca se exaltou e jamais se entregou ao desânimo, nem mesmo quando sob o metralhar de perversas acusações, permanecendo fiel ao dever, sem apresentar defesas pessoais ou justificativas para os seus atos.

Lentamente, pelo exemplo, pela probidade e pelo esforço de herói cristão, sensibilizou o povo e os seu líderes, que passaram a amá-lo, tornou-se parâmetro do comportamento, transformando-se em pessoa de referência para as informações seguras sobre o Mundo Espiritual e os fenômenos da mediunidade.

Sua palavra doce e ungida de bondade sempre soava ensinando, direcionando e encaminhando as pessoas que o buscavam para a senda do Bem.

Em contínuo contato com o seu Anjo tutelar, nunca o decepcionou, extraviando-se na estrada do dever, mantendo disciplina e fidelidade ao compromisso assumido.

Abandonado por uns e por outros, afetos e amigos, conhecidos ou não, jamais deixou de realizar o seu compromisso para com a Vida, nunca desertando das suas tarefas.

As enfermidades minaram-lhe as energias, mas ele as renovava através da oração e do exercício intérmino da caridade.

A claridade dos olhos diminuiu até quase apagar-se, no entanto a visão interior tornou-se mais poderosa para penetrar nos arcanos da Espiritualidade.

Nunca se escusou a ajudar, mas nunca deu trabalho a ninguém.

Seus silêncios homéricos falaram mais alto do que as discussões perturbadoras e os debates insensatos que aconteciam a sua volta e longe dele, sobre a Doutrina que esposava e os seus sublimes ensinamentos.

Tornou-se a maior antena parapsíquica do seu tempo, conseguindo viajar fora do corpo, quando parcialmente desdobrado pelo sono natural, assim como penetrar em mentes e corações para melhor ajudá-los, tanto quanto tornando-se maleável aos Espíritos que o utilizaram por quase setenta e cinco anos de devotamento e de renúncia na mediunidade luminosa.

Por isso mesmo, o seu foi mediunato incomparável.

...E ao desencarnar, suave e docemente, permitindo que o corpo se aquietasse, ascendeu nos rumos do Infinito, sendo recebido por Jesus, que o acolheu com a Sua bondade, asseverando-lhe:

- Descansa, por um pouco, meu filho, a fim de esqueceres as tristezas da Terra e desfrutares das inefáveis alegrias do reino dos Céus.


Autor: Joanna de Ângelis
Psicografia de Divaldo Franco

Fonte:http://www.oespiritismo.com.br/mensagens/ver.php?id1=607

ESPIRITUALIDADE E ASSOCIAÇÃO COM DOENÇA CARDIOVASCULAR

(matéria publicada na Folha Espírita em dezembro de 2005)
A Folha Espírita entrevistou o Dr. Álvaro Avezum (AME-SP), diretor da Divisão de Pesquisa do Instituto Dante Pazzanese e um dos precursores da Medicina Baseada em Evidências no Brasil e o Dr. Hélio Penna Guimarães (AME-SP), membro da Divisão de Pesquisa do Instituto Dante Pazzanese e coordenador científico da UTI da Disciplina de Clínica Médica da Universidade Federal de São Paulo.
Comprovar cientificamente que a religiosidade pode contribuir de maneira positiva no tratamento de pacientes acometidos por doença cardiovascular é um desafio para os profissionais de Medicina que apostam na vertente espiritualista, segundo o cardiologista Álvaro Avezum, diretor da Divisão de Pesquisa do Instituto Dante Pazzanese, que se dedica à assistência, ensino e pesquisa em Cardiologia, em São Paulo (SP), e um dos precursores da Medicina Baseada em Evidências no Brasil.
Embora a relação entre espiritualidade e fatores de risco da doença cardiovascular esteja cada vez mais evidente, o médico acredita que o caminho para sua incorporação à prática clínica é longo. “Estamos, ainda, na fase da promessa. Em ciência, temos de passar pela comprovação e aplicabilidade”, disse Avezum com otimismo. O colega Hélio Penna Guimarães, também cardiologista e membro da Divisão de Pesquisa do Instituto Dante Pazzanese e coordenador científico da UTI da Disciplina de Clínica Médica da Universidade Federal de São Paulo, acrescenta que alguns estudos demonstram que a religiosidade está diretamente ligada aos fatores psicossociais considerados de risco, associados à doença cardiovascular, principal causa de morte no Brasil e no mundo. “As pesquisas apontam, por exemplo, que quando adequadamente controlado o estresse, as taxas de mortalidade podem ser reduzidas em cerca de 30%.”
Abaixo, ambos falam sobre o que está adoecendo a sociedade, reduzindo a expectativa de vida e aumentando a incapacitação das pessoas:
Folha Espírita – Qual a mortalidade atual das doenças cardiovasculares e as perspectivas dela no futuro?Hélio Penna Guimarães – Atualmente, as doenças cardiovasculares são a principal causa de mortalidade no mundo, tanto para países desenvolvidos como em desenvolvimento. Elas perfazem quase 40% de todas as causas de mortalidade, sendo que quase 70% desse excesso de óbitos está nos países não-desenvolvidos. A Organização Mundial de Saúde estima que até 2020, se não implementarmos medidas efetivas de prevenção e tratamento, essas taxas chegarão aos alarmantes valores de quase 40 milhões de óbitos/ano.
FE – Vocês participaram de uma pesquisa feita em 52 países, não? Qual o objetivo dela e quais resultados apontou?
Álvaro Avezum – O estudo chamado INTERHEART, publicado em setembro de 2004 em um renomado periódico médico, foi desenhado para avaliar a associação dos fatores de risco para infarto agudo do miocárdio (IAM) em todo o mundo e quantificar o impacto de cada fator de risco isoladamente e em combinação sobre a população. A Divisão de Pesquisa do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia coordenou esse estudo no Brasil. Ele envolveu 52 países e quase 30 mil pessoas em todo o mundo e permitiu concluir que são nove os fatores de risco simples que estão fortemente associados ao IAM no mundo. Esses fatores de risco são mais importantes nos jovens, mas seus efeitos são consistentes em homens e mulheres e em todas as regiões do mundo. As alterações de colesterol, o tabagismo, diabetes, hipertensão arterial, obesidade abdominal, os fatores psicossociais (depressão e estresse), o não-consumo diário de frutas e vegetais e o sedentarismo são os fatores relacionados à ocorrência de infarto agudo do miocárdio em até 90% dos casos, em todo o mundo. No Brasil, em um estudo anterior, denominado Afirmar e também realizado pelo nosso grupo, os resultados foram muito semelhantes com um grupo de quase 2,6 mil pacientes.
FE – O papel dos fatores psicossociais é tão grande assim?
Avezum – Sem dúvida muito relevante. O estudo INTERHEART foi um dos primeiros a realmente se preocupar com essa análise e conclui que fatores psicossociais como o estresse e a depressão oferecem, quando presentes, um risco de quase três vezes mais chance de infarto do miocárdio. Se fossem adequadamente controlados e extintos, cerca de 32,5% dos infartos seriam evitados em todo o mundo.
FE – Em que medida a espiritualidade influi na redução dessas doenças?
Guimarães – Estamos cada vez mais próximos das chamadas evidências científicas sólidas e robustas que comprovem o relevante papel que a espiritualidade tem sobre a ocorrência, prevenção e prognóstico das doenças cardiovasculares. O Dr. Harold Koenig, um dos pioneiros no estudo da associação da espiritualidade e saúde, que recentemente nos abrilhantou com sua presença em um evento em São Paulo, tem demonstrado em suas revisões que a prática da religiosidade ou busca pela espiritualidade promove redução da pressão arterial e do tabagismo, maior prática de exercício, moderação do consumo de álcool, menor incidência de depressão ou mais rápida recuperação e maior suporte social. Também alguns pequenos estudos com o uso de meditação ou prece em preparação para cirurgia cardíaca demonstraram menor incidência de arritmias (alterações do ritmo do coração); estudos com o uso da prece intercessória para pacientes internados em UTIs, apesar de ainda não definitivos sob análise estatística, demonstraram tendência à redução de óbitos. Obviamente, precisamos ampliar e sedimentar essas evidências científicas ainda incipientes, pois somente a confirmação de novo paradigma da real influência da espiritualidade ou religiosidade será suficiente para a modificação da percepção e conduta da sociedade atual, independentemente de suas crenças.
FE – O que está faltando nas terapêuticas preconizadas atualmente para as doenças cardiovasculares?
Avezum – Sem dúvida, uma intervenção mais efetiva para implementação dos resultados das pesquisas na prática diária dos consultórios. Sabemos de forma clara o que promove a doença cardiovascular, mas não a controlamos efetivamente.
FE – Quais as sugestões preventivas?
Guimarães – O controle rigoroso dos nove fatores de risco previamente citados: controle de hipertensão, diabetes e colesterol; manutenção da cintura abdominal abaixo de 90cm (homens) e 80cm (mulheres); atividade física regular de pelo menos três vezes por semana, suspensão do tabagismo, consumo diário de frutas e vegetais e controle do estresse e depressão.
FE – Quem é muito espiritualizado nunca vai ter doenças assim?
Avezum – Ainda temos todos um largo caminho a percorrer em busca da espiritualidade adequada. Essa é uma questão difícil, mas devemos lembrar que o controle dos fatores de risco associados a doenças cardiovasculares pode reduzir a ocorrência de infarto em até 90% dos casos, e a prática da religiosidade ou busca pela espiritualidade parece associada com a maior tendência ao controle de alguns desses fatores.
FE – Nos templos religiosos, particularmente, nos centros espíritas, qual a melhor forma de ajudar os pacientes?
Avezum – Os templos religiosos podem divulgar a busca por hábitos de vida saudáveis como exposto acima, controlando os fatores de risco associados. A religiosidade ou espiritualidade pode resgatar com sua prática a lacuna que temos na abordagem dos fatores psicossociais que citamos, que ainda aparecem como de difícil controle pela subjetividade que lhes é associada.

Fonte:http://www.amebrasil.org.br/html/outras_espirit.htm

Transplantes na concepção espírita

Nas práticas médicas de todas as especialidades , o transplante de órgãos é a que demonstra com maior clareza a estreita relação entre a morte e a nova vida, o renascimento das cinzas como Fênix: o mitológico pássaro símbolo da renovação do tempo e da vida após a morte.(1)
A temática "doação de órgãos e transplantes" é bastante coetâneo no cenário terreno. Sobre o assunto as informações instrutivas dos Benfeitores Espirituais não são abundantes. O projeto genoma, as investigações sobre células-tronco embrionárias e outras sinalizam o alcance da ciência humana. Os transplantes , em épocas recuadas repletas de casos de rejeição, tornaram-se práticas hodiernas de recomposição orgânica. O esmero "in-vivo" de experiências visando regeneração de células e a perspectiva de melhoria de vida caminham adiante , em que pese às pesquisas ensaiarem, ainda, as iniciantes marchas. Isso torna auspiciosa a expectativa da ciência contemporânea. Contudo, o receio do desconhecido paira no imaginário de muitos.
Alguns espíritas recusam-se a autorizar, em vida, a doação de seus próprios órgãos após o desencarne, alegando que Chico Xavier não era favorável aos transplantes. Isso não é verdade! Mister esclarecer que Chico Xavier quando afirmou "a minha mediunidade, a minha vida, dediquei à minha família, aos meus amigos,ao povo. A minha morte é minha. Eu tenho este direito. Ninguém pode mexer em meu corpo; ele deve ir para a mãe Terra", fê-lo porque quando ainda encarnado Chico recebeu várias propostas [inoportunas] para que seu cérebro fosse estudado após sua desencarnação. Daí o compreensível receio de que seu corpo fosse profanado nesse sentido.
Não podemos esquecer que se hoje somos potenciais doadores, amanhã, poderemos ser ou nossos familiares e amigos potenciais receptores. "Para a maioria das pessoas, a questão da doação é tão remota e distante quanto à morte. Mas para quem está esperando um órgão para transplante, ela significa a única possibilidade de vida!"(2) Joanna de Angelis sabendo dessa importância ressalta "(...) Verdadeira bênção, o transplante de órgãos concede oportunidade de prosseguimento da existência física, na condição de moratória, através da qual o Espírito continua o périplo orgânico. Afinal, a vida no corpo é meio para a plenitude - que é a vida em si mesma, estuante e real" (3)
Em entrevista à TV Tupi em agosto de 1964, Francisco Cândido Xavier comenta que o transplante de órgãos, na opinião dos Espíritos sábios, é um problema da ciência muito legítimo, muito natural e deve ser levado adiante. Os Espíritos, segundo Chico Xavier, não acreditam que o transplante de órgãos seja contrário às leis naturais. Pois é muito natural que, ao nos desvencilharmos do corpo físico, venhamos a doar os órgãos prestantes a companheiros necessitados deles, que possam utilizá-los com proveito. (4)
A doação de órgãos para transplantes é perfeitamente legítima. Divaldo Franco certifica: se a misericórdia divina nos confere uma organização física sadia, é justo e válido, depois de nos havermos utilizado desse patrimônio, oferecê-lo, graças as conquistas valiosas da ciência e da tecnologia, aos que vieram em carência a fim de continuarem a jornada(5)
Não há, também, reflexos traumatizantes ou inibidores no corpo espiritual, em contrapartida à mutilação do corpo físico. O doador de olhos não retornará cego ao Além. Se assim fosse, que seria daqueles que têm o corpo consumido pelo fogo ou desintegrado numa explosão?(6)
Quando se pode precisar que uma pessoa esteja realmente morta? conforme a American Society of Neuroradiology morte encefálica é o estado irreversível de cessação de todo o encéfalo e funções neurais, resultante de edema e maciça destruição dos tecidos encefálicos apesar da atividade cardiopulmonar poder ser mantida por avançados sistemas de suporte vital e mecanismo e ventilação".(7)
A grande celeuma do assunto é a morte encefálica, na vigência da qual órgãos ou partes do corpo humano são removidos para utilização imediata em enfermos deles necessitados. Estar em morte encefálica é estar em uma condição de parada definitiva e irreversível do encéfalo, incompatível com a vida e da qual ninguém jamais se recupera.(8)  Havendo morte cerebral, verificada por exames convencionais e também apoiada em recursos de moderna tecnologia, apenas aparelhos podem manter a vida vegetativa, por vezes por tempo indeterminado. É nesse estado que se verifica a possibilidade do doador de órgãos "morrer" e só então seus órgãos podem ser aproveitados - já que órgãos sem irrigação sangüínea não servem para transplantes. Seria a eutanásia? Evidentemente que caracterizar o fato como tal carece de argumentação científica (...) para condenarem o transplante de órgãos: a eutanásia de modo algum se encaixaria nesses casos de morte encefálica comprovada.(8)
A medicina, no mundo todo, tem como certeza que a morte encefálica, que inclui a morte do tronco cerebral(10), só terá constatação através de dois exames neurológicos, com intervalo de seis horas, e um complementar. Assim, quando for constatada cessação irreversível da função neural, esse paciente estará morto, para a unanimidade da literatura médica.
Questão que também amiudemente é levantada é a rejeição do organismo após a cirurgia. Chico Xavier nos vem ao auxílio, explicando: André Luiz considera a rejeição como um problema claramente compreensível, pois o órgão do corpo espiritual está presente no receptor. O órgão perispiritual provoca os elementos da defensiva do corpo, que os recursos imunológicos em futuro próximo, naturalmente, vão suster ou coibir.(11) Especialistas, a partir de 1967, desenvolveram várias drogas imunossupressoras (ciclosporina, azatiaprina e corticóides), para reduzir a possibilidade de rejeição, passando então os receptores de órgãos a terem uma maior sobrevida.(12) Estatisticamente, o que há é que a taxa de prolongamento de vida dos transplantes é extremamente elevada. Isso graças não só às técnicas médicas, sempre se aperfeiçoando, mas também pelos esquemas imunossupressores que se desenvolveram e se ampliaram consideravelmente, existindo atualmente esquemas que levam a zero por cento (0%) a rejeição celular aguda na fase inicial do transplante, que é quando ocorrem.(13)
André Luiz explica que quando a célula é retirada da sua estrutura formadora, no corpo humano, indo laboratorialmente para outro ambiente energético, ela perde o comando mental que a orientava e passa, dessa forma, a individualizar-se; ao ser implantada em outro organismo [por transplante, por exemplo], tenderá a adaptar-se ao novo comando [espiritual] que a revitalizará e a seguir coordenará sua trajetória.(14) Condição essa corroborada por Joanna de Angelis quando expõe: (...) transferido o órgão para outro corpo, automaticamente o perispírito do encarnado passa a influenciá-lo, moldando-o às suas necessidades, o que exigirá do paciente beneficiado a urgente transformação moral para melhor, a fim de que o seu mapa de provações seja também modificado pela sua renovação interior, gerando novas causas desencadeadoras para a felicidade que busca e talvez ainda não mereça.(15)
Os Espíritos afirmaram a Kardec que o desligamento do corpo físico é um processo altamente especializado e que pode demorar minutos, horas, dias, meses.(16) Embora com a morte física não haja mais qualquer vitalidade no corpo, ainda assim há casos em que o Espírito, cuja vida foi toda material, sensual, fica jungido aos despojos, pela afinidade dada por ele à matéria. (17) Todavia, recordemos de situação que ocorre todos os dias nas grandes cidades: a prática da necropsia, exigida por força da Lei, nos casos de morte violenta ou sem causa determinada: abre-se o cadáver, da região esternal até o baixo ventre, expondo-se-lhe as vísceras toracoabdominais.(18) Não se pode perder de vista a questão do mérito individual. Estaria o destino dos Espíritos desencarnados à mercê da decisão dos homens em retirar-lhes os órgãos para transplante, em cremar-lhes o corpo ou em retalhar-lhes as vísceras por ocasião da necropsia?! O bom senso e a razão gritam que isso não é possível, porquanto seria admitir a justiça do acaso e o acaso não existe!(19)
Em síntese, a doação de órgãos para transplantes não afetará o espírito do doador, exceto se acreditarmos ser injusta a Lei de Deus e estarmos no Orbe à deriva da Sua Vontade. Lembremos que nos Estatutos do Pai não há espaço para a injustiça e o transplante de órgãos (façanha da ciência humana) é valiosa oportunidade dentre tantas outras colocadas à nossa disposição para o exercício da amor.
FONTES:

1- Mário Abbud Filho Ex-Presidente da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos. Presidente da Sociedade de Medicina e Cirurgia de São José do Rio Preto.Membro da American Society Transplant Physician. Membro da International Transplantation Society, disponível acesso em 12/04/2005
2- In Doação de Órgãos e Transplantes de Wlademir Lisso / Cleusa M. Cardoso de Paiva, disponível acesso em 15/04/2004
3- Franco, Divaldo Pereira. Dias Gloriosos, Ditado pelo Espírito Joanna de Angelis. Salvador/Ba: Ed. LEAL, 1999, Cf. Cap. Transplantes de Órgãos
4- Publicada na Revista Espírita Allan Kardec, ano X, n°38
5- Franco, Divaldo Pereira. Seara de Luz, Salvador: Editora LEAL [o livro apresenta uma série de entrevistas ocorridas com Divaldo entre 1971 e 1990.]-
6- Simonetti, Richard. Quem tem medo da morte? - São Paulo /SP: Editora Lumini ,2001
7- In: "Dos transplantes de Órgãos à Clonagem", de Rita Maria P.Santos, Ed. Forense, Rio/RJ, 2000, p. 41
8- Bezerra, Evandro Noleto. Transplante de Órgãos na Visão Espírita, publicado na Revista Reformador- outubro/1998
9- Idem
10- O tronco cerebral, e não o coração, é reconhecido como o organizador e "comandante" de todos os processos vitais. Nele está alojada a capacidade neural para a respiração e batimentos cardíacos espontâneos; sem tronco ninguém respira por si só.
11- Cf. Revista Espírita, Allan Kardec, ano X, n°38
12- Folha de S.Paulo, A3, "Opinião", 15.Maio.2001
13- Entrevista com o Prof. Dr. Flávio Jota de Paula Médico da Unidade de Transplante Renal do HC/FMUSP. 1º Secretário da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO). Diretor da I Mini Maratona de Transplantados de Órgãos do Brasil. Publicado em Prática Hospitalar ano IV n º 24 nov-dez/2002
14- Xavier, Francisco Cândido. Evolução em dois Mundos - Ditado pelo Espírito André Luiz. 5ª Ed. Rio de Janeiro, RJ: Ed FEB, 1972, cap. "Células e Corpo Espiritual"
15- Franco, Divaldo Pereira. Dias Gloriosos, Ditado pelo Espírito Joana de Angelis. Salvador: Ed. LEAL, 1999
16- Kardec, Allan,. O Livros dos Espíritos, RJ: Ed FEB/2003, questão n° 155, Cap. XI.
17- Kühl Eurípedes DOAÇÃO DE ÓRGÃOS TRANSPLANTES Entrevista Virtual disponível acesso em 24/04/2005
18- Cf. Bezerra, Evandro Noleto. Transplante de Órgãos na Visão Espírita, publicado na Revista Reformador- outubro/1998
19- Bezerra, Evandro Noleto. Transplante de Órgãos na Visão Espírita, publicado na Revista Reformador- outubro/1998  
Fonte:http://www.oconsolador.com.br/4/jorgehessen.html

DOAÇÃO DE ORGÃOS SOB A VISÃO ESPÍRITA

(Apresentado ao público na Tribuna Jovem da Sociedade Espírita Círculo da Luz, em Porto Alegre/RS, em 31/10/ 2003) 

1. Há nas Obras Básicas da Doutrina Espírita algum indicativo à doação de órgãos? 
O que o Espiritismo diz quanto a doação de órgãos? 
Na época de Allan Kardec, este assunto não era cogitado. 

2. Qual a diferença entre morte e desencarnação? 
A morte é biológica, a desencarnação é psíquica (apego à matéria). 

3. Para que doar órgãos? 
Para permitir que o nosso semelhante possa continuar vivendo no plano físico. 

4. Que órgãos podem ser doados e quais os possíveis em vida? 
Rim, parte do fígado e pulmão e medula óssea (em vida) 
Rins, fígado, coração, pâncreas, pulmões, intestinos. Tecidos: Córneas e outros como pele, vasos sangüíneos, tendões e ossos . (após a morte) 

5. Quando o corpo para de funcionar, já não precisamos de nossos órgãos? 
Após a morte biológica não nos são mais úteis os órgãos. 

6. Quanto tempo recomenda-se, após a morte, para retirar os órgãos do doador? 
48 a 72 horas 

7. Existe um momento certo para cremar um corpo? 
Não, depende do grau de desprendimento do espírito. Por prevenção recomenda-se 72 horas de espera. 

8. Quanto tempo demoramos para nos desligar completamente do corpo material (desencarnação)? 
O tempo proporcional ao nosso apego material. 

9, Mesmo depois da morte, sente-se dor quando é feita a retirada dos órgãos? 
O Espírito desencarnado sofre com a extração dos órgãos, na autópsia ou na cremação? 
Sim, quando não ocorreu a desencarnação. 

10. Em que momento os médicos liberam os órgãos para a doação após a morte? 
Após aplicado o teste de apnéia (10 minutos), e constatada a morte tronco-encefálica. 

11 O estado de morte tronco-encefálica é um momento seguro para se fazer a retirada de órgãos para transplantes, sem perturbar o Espírito do doador? 
No atual estágio da medicina humana ainda é o melhor método de avaliação clínica, porém no futuro será aperfeiçoada para garantir absoluta segurança ao doador. 

12.Quando podemos saber se os órgãos de um familiar que está em coma podem ser doados? 
Estado de coma não é estar morto, portanto não deve doar os órgãos imprescindíveis à vida, somente quando constatada a morte tronco-encefálica. 

13.Num caso em que a família opta pela doação, mas seu ente querido, desinformado sobre a continuação da vida, nunca comentou com alguém sobre isso, como ele se sentiria no plano espiritual? 
Num primeiro momento, uma sensação desagradável, porém a seguir compreenderia o bem que foi feito e felicidade pessoal. 

14, A doação de órgãos pode causar obsessão? 
Excepcionalmente quando o espírito (doador), for endurecido ou muito apegado à matéria. 

16. As emoções e sentimentos, defeitos e qualidades influenciam o comportamento do receptor? 
Há pessoas que mudam de comportamento ao receberem um órgão. Por que? 
Impressão psicológica. Nada a ver com o órgão doado. 

17.Existe algum tipo de assistência por parte do plano espiritual em conseqüência da doação? 
Normalmente, sim. 

18. Doar órgãos pode trazer alguma complicação para o Espírito após o desencarne? 
Somente percepções psíquicas que desaparecem após auxílio e compreensão. 

19.O que acontece com o nosso perispírito em caso da doação dos órgãos? 
Permanece inalterado. 



20. Segundo alguns, quando se doa órgãos, o perispírito é lesado e ainda causa influência na próxima encarnação. André Luiz, por exemplo, levou as impressões de câncer de intestino para o mundo espiritual. Se levamos os estigmas das doenças, também levaríamos a retirada dos órgãos e o Espírito sofreria horrores. Mesmo quando é constatada a morte cerebral, o espírito continua no corpo e sofre por isso? 
Como já foi dito, o perispírito não sofre lesões com a doação de órgãos, assim como com cirurgias no plano físico. A má utilização do nosso organismo é que efetivamente lesiona nosso perispírito para futuras reencarnações. Após a morte do corpo físico, o espírito poderá ou não estar junto ao seu corpo, dependendo de seu apego à matéria 

21. Havendo tanta controvérsia ao padrão da morte cerebral, o que nos coloca a questão da incerteza se o Espírito já se acha desligado da matéria, será que a doação de órgãos alcançará maiores resultados quando os médicos do futuro puderem trabalhar também no plano espiritual? 
Certamente. 

22. O que alteraria, em relação ao planejamento espiritual, na existência da pessoa que vai receber um órgão? 
Maior tempo no plano físico para refletir sobre sua vida e uma nova oportunidade para cumprir sua programação evolutiva. 

23. A pessoa que recebe a doação de um órgão fica com algum vínculo com o perispírito do doador? 
Não, a não ser que seja impressionável e, nesse aspecto, apenas psicológica. 

24. Por que alguns transplantes são rejeitados? 
Quando ocorre a rejeição, isso pode ser relacionado ao fato do Espírito doador não estar preparado para isso? 
A rejeição dos órgãos ocorre devido à incompatibilidade existente entre o fluido vital do doador e do receptor? 
A rejeição está diretamente vinculada ao merecimento do doador e dos níveis vibratórios do doador/receptor. 

25. Uma pessoa que se suicidou, mas deixa uma carta doando seus órgãos, é culpada ou inocente? 
Continua sendo um suicida. Seu gesto amenizará o sofrimento. 

26.Segundo o pesquisador e projeciologista Waldo Vieira, não seria aconselhável a recepção de órgãos de suicidas em um transplante, devido a graves prejuízos para o psiquismo do transplantado. O que pensar disso? 
Se o receptor for equilibrado e esclarecido sobre o assunto e tiver merecimento suplantará esta influência psíquica. 

27.Com relação às possíveis complicações de um doador suicida, a Espiritualidade amiga não poderia atuar de forma a harmonizar essas energias, para que esta pudesse se tornar compatível com o receptor, sem danos maiores? 
Esta situação ocorre freqüentemente permitindo a compatibilidade. 

28.É ético um casal optar por ter mais de um filho apenas em decorrência da necessidade de se encontrar um doador de medula para um outro filho com leucemia? 
Permitir a reencarnação sempre é um ato nobre e valioso a um espírito. 

29. A que conseqüência espiritual estaria sujeito um doador que vendesse um rim para um receptor necessitado? 
A intenção do doador é que será avaliada. 

30. Qual a posição de Chico Xavier em relação à doação de órgãos? 
Chico Xavier optou por não ser um doador de órgãos. 

31.Por que alguns espíritas recusam-se a autorizar, em vida, a doação de seus próprios órgãos após o desencarne? 
Questão de foro íntimo. 

32.Quem está e quem não está preparado para doar órgãos ao morrer? 
As pessoas conscientes de sua decisão e com o firme propósito de auxiliar seus irmãos. 

33.Como devo expressar meu interesse em ser doador? 
Informe sua família sobre seu desejo de ser doador de órgãos. Não é necessário qualquer registro em nenhum documento. O mais importante é comunicar em vida sua vontade pela doação. 

Mauro Pilla 
Instrutor da Escola Básica de Espiritismo da SECL e Expositor Espírita 
Fonte:http://www.mundoespirita.net/doaccedilatildeo-de-orgatildeos.html