Translate

domingo, 26 de janeiro de 2014

O sono e os sonhos

Categorizados por Allan Kardec como fenômenos de emancipação da alma, o sono e os sonhos são indicativos de  que o Espírito encarnado  nunca está inativo,  ainda que mantido ligado ao corpo físico pelo perispírito:
Durante o sono, apenas o corpo repousa, pois o Espírito não dorme; aproveita-se do repouso do corpo e dos momentos em que  a sua presença não é necessária para atuar  isoladamente e  ir aonde quiser, no gozo então da sua liberdade e da plenitude das suas faculdades. Durante a encarnação, o Espírito jamais se acha separado completamente do corpo; qualquer que seja a distância a que se transporte, conserva-se preso sempre ao corpo físico por um laço fluídico , que serve para lembrá-lo de retornar a este, desde que a sua presença ali se torne necessária. Somente a morte rompe esse laço.1
 O resultado imediato do sono é o sonho, conceituado pelos orientadores da Codificação Espírita como “(…) a lembrança do que o vosso Espírito viu durante o sono. Notais, porém, que nem sempre sonhais, porque nem sempre vos lembrais do que vistes ou de tudo o que vistes. (…).”2
Todas as pessoas sonham, uma vez que o Espírito continua em plena atividade enquanto o corpo físico dorme. Apenas não se recordam dos acontecimentos ocorridos na  outra   dimensão da  vida: “(…) como o corpo é matéria pesada e grosseira, dificilmente conserva as impressões  que  o Espírito recebeu, já que tais impressões não chegaram ao Espírito por meio dos órgãos do corpo.”3
A relativa liberdade adquirida pelo Espírito encarnado durante o sono apresenta, contudo,  algumas características que merecem ser assinaladas.
- Ampliação das faculdades psíquicas:  “ (…) Sabei que, quando o corpo repousa, o Espírito tem mas faculdades do que no estado de vigília. Lembra-se do passado e algumas vezes prevê o futuro. Adquire mais poder (…).”4
 Os sonhos são efeito da emancipação da alma, que se torna mais independente pela suspensão da vida ativa e de relação. Daí uma espécie de clarividência indefinida, que se estende aos lugares mais distantes ou que jamais viu (…).5
 - O sono é  treino para a desencarnação: “O sono liberta a alma parcialmente do corpo. Quando dorme, o homem se acha momentaneamente no estado em que ficará de forma definitiva depois da morte. (…).”6
 - O sono viabiliza o encontro com entes queridos e com os bons Espíritos
 Por efeito do sono, os Espíritos estão sempre em relação com o mundos dos Espíritos (…) O sono é a porta que Deus lhes abriu para entrarem em contato com seus amigos do Céu; é o recreio depois do trabalho, enquanto esperam a grande libertação, a libertação final, que os restituirá ao meio que lhes é próprio.7
- O sono possibilita oportunidades de progresso espiritual: “(…) quando dormem, vão para junto dos seres que lhes são superiores; viajam, conversam, conversam e se instruem com eles. Trabalham mesmo em obras que encontram prontas ao morrerem. (…).”8
- Pelo sono os Espíritos imperfeitos buscam os seus afins, a eles se integrando
[Os Espíritos](…) vão, enquanto dormem, ou a mundos inferiores à Terra, onde os chamam velhas afeições, ou em busca de prazeres talvez ainda mais baixos do que os que têm aqui; vão beber doutrinas ainda mais vir, mais ignóbeis, mais nocivas do que as que professam entre vós. E o que gera a simpatia na Terra não é outra coisa senão o fato de sentir-se o homem, ao despertar, ligado pelo coração àqueles com quem acaba de passar oito ou nove horas de felicidade  ou de prazer. O que também explica essas antipatias invencíveis é o fato de sentirmos intimamente que essas pessoas têm uma consciência diversa da nossa, porque as conhecemos sem nunca as termos visto com os olhos. É também o que explica a indiferença de muitos homens, que não procuram conquistar novos amigos, por saberem que  há outros que os amam e os querem. Numa palavra: o sono influi mais do que pensais na vossa vida.9
À medida que a pessoa desenvolve a capacidade de lembrar-se dos sonhos — há orientações médicas e psicológicas a respeito —, os sonhos se tornam mais nítidos. Surgem, então, com frequência cada vez maior, os chamados sonhos espíritas, assim denominados pela lucidez e coerência das lembranças. Esta situação é de grande valia para o encarnado, auxiliando-o em seu progresso espiritual.
Os avisos por meio dos sonhos desempenham grande papel nos livros sagrados de todas as religiões. (…) É com frequência a ocasião que os Espíritos protetores aproveitam para se manifestar a seus protegidos e lhes dar conselhos mais diretos. São numerosos os exemplos autênticos de avisos por sonhos; porém, não se deve concluir daí que todos os sonhos são avisos, nem, ainda menos, que tudo o que vê em sonho tem uma significação qualquer. Deve-se incluir a arte de interpretar os sonhos no rol das crenças supersticiosas  e absurdas.10
Referência Bibliográfica 
  1. KARDEC, Allan. Obras Póstumas. Trad. de Evandro Noleto Bezerra. Pt. 1, cão. IV, it. 24, pág. 74/75.
  2. _____. O Livro dos Espíritos. Tradução de Evandro Noleto Bezerra. 4ª ed. 1ª imp. Questão 401, pág. 209. Brasília: FEB Editora, 2013.
  3. ____. Questão 403, pág. 210.
  4. ____. Questão 402, pág. 207.
  5. ____. Pág. 209.
  6. ____. Pág. 208.
  7. ____. Pág. 209.
  8. ____. Obras Póstumas. Trad. de Evandro Noleto Bezerra. Pt. 1, cap. IV, it. 24, pág. 75.
  9. ____. Pág. 75/76.
10. ____. A Gênese. Os Milagres e as predições. Trad. de Evandro Noleto Bezerra. Cap. XV, it. 3, pág.265.
Fonte:http://www.febnet.org.br/blog/geral/colunistas/o-sono-e-os-sonhos/

TENSÃO EMOCIONAL

Não raro, encontramos, aqui e ali, os irmãos doentes por desajustes emocionais. 
Quase sempre, não caminham. Arrastam-se. Não dialogam. Cultuam a queixa e a lamentação. 
E provado está que, na Terra, a tensão emocional da criatura encarnada se dilata com o tempo. 
Insegurança, conflito íntimo, frustração, tristeza, desânimo, cólera, inconformidade e apreensão, com outros estados negativos da alma, espancam sutilmente o corpo físico, abrindo campo a moléstias de etiologia obscura, à força de se repetirem constantemente, dilapidando o cosmo orgânico.
Se consegues aceitar a existência de Deus e a prática salutar dessa ou daquela religião em que mais te reconfortes, preserva-te contra semelhante desequilíbrio...
 Começa, aceitando a própria vida, tal qual é, procurando melhorá-la com paciência. 
 Aprende a estimar os outros, como se te apresentem, sem exigir-lhes mudanças imediatas. 
 Dedica-te ao trabalho em que te sustentes, sem desprezar a pausa de repouso ou o entretenimento que se te restaurem as energias. 
 Serve ao próximo, tanto quanto puderes. 
 Detém-te no lado melhor das situações e das pessoas, esquecendo o que te pareça inconveniente ou desagradável. 
 Não carregues ressentimentos. 
 Cultiva a simplicidade, evitando a carga de complicações e de assuntos improdutivos que te furtem a paz. 
 Admita o fracasso por lição proveitosa, quando o fracasso possa surgir. 
 Tempera a conversação com o fermento da esperança e da esperança e da alegria. 
 Tanto quanto possível, não te faças problema para ninguém, empenhando-te a zelar por ti mesmo. 
 Se amigos te abandonam, busca outros que consigam compreender com mais segurança. 
 Quando a lembrança do passado não contenha valores reais, olvida o que já se foi, usando o presente na edificação do futuro melhor. 
 Se o inevitável acontece, aceita corajosamente as provas em vista, na certeza de que todas as criaturas atravessam ocasiões de amarguras e lágrimas. 
 Oferece um sorriso de simpatia e bondade, seja a quem for. 
 Quanto à morte do corpo, não penses nisso, guardando a convicção de que ninguém existiu no mundo, sem a necessidade de enfrentá-la.
E, trabalhando e servindo sempre, sem esperar outra recompensa que não seja a bênção da paz na consciência própria, nenhuma tensão emocional te criará desencanto ou doença, de vez que se cumpres o teu dever com sinceridade, quando te falte força, Deus te sustentará e onde não possas fazer todo o bem que desejas realizar Deus fará sempre a parte mais importante!...
(Do livro "Companheiro", pelo Espírito Emmanuel, Francisco C. Xavier)
Fonte:http://www.institutoandreluiz.org/evangelizando/adultos_tensao_emocional.html

Alberto Almeida:Se Os Teus Olhos Forem Luz

 
Fonte:www.youtube.com.br

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Fermento Espiritual

"Não sabeis que um pouco de fermento leveda a massa toda?"
- Paulo. (I Coríntios, 5:6).

O fermento é uma substância que excita outras substâncias, e nossa vida é sempre um fermento espiritual com que influenciamos as existências alheias.
Ninguém vive só.
Temos conosco milhares de expressões do pensamento dos outros e
milhares de outras pessoas nos guardam a atuação mental, inevitavelmente.
Os raios de nossa influência entrosam-se com as emissões de quantos
nos conhecem direta ou indiretamente, e pesam na balança do mundo
para o bem ou para o mal.
Nossas palavras determinam palavras em quem nos ouve, e, toda vez que
não formos sinceros, é provável que o interlocutor seja igualmente desleal.
Nossos modos e costumes geram modos e costumes da mesma natureza,
em torno de nossos passos, mormente naqueles que se situam em posição inferior à nossa, nos círculos da experiência e do conhecimento.
Nossas atitudes e atos criam atitudes e atos do mesmo teor,
em quantos nos rodeiam, porquanto aquilo que fazemos atinge
o domínio da observação alheia, interferindo no centro de elaboração
das forças mentais de nossos semelhantes.
O único processo, portanto, de reformar edificando é aceitar as sugestões
do bem e praticá-las intensivamente, por intermédio de nossas ações.
Nas origens de nossas determinações, porém, reside a idéia.
A mente, em razão disso, é a sede de nossa atuação pessoal, onde estivermos.
Pensamento é fermentação espiritual. Em primeiro lugar estabelece atitudes, em segundo gera hábitos e, depois, governa expressões e palavras, através das quais a individualidade influencia na vida e no mundo.
Regenerado, pois, o pensamento de um homem, o caminho
que o conduz ao Senhor se lhe revela reto e limpo.


Autor: Emmanuel
Psicografia de Francisco Cândido Xavier. Livro: Fonte Viva

Fonte:http://www.oespiritismo.com.br/mensagens/ver.php?id1=603

Foto Kirlian

Fonte:www.youtube.com.br

Sexualidade Numa Visão Espírita - Raul Teixeira

Fonte:www.youtube.com.br

Dica de Livro:


Num mundo onde tudo é tão superficial a paranaense Esperança Arruez Negrão traz lindas mensagens, poemas, crônicas e reflexões. Vale a pena conferir.

sábado, 11 de janeiro de 2014

Yvonne Pereira

Fonte:https://www.youtube.com/watch?v=lAx8iC8tMq4

Vida Após a Morte

Fonte:https://www.youtube.com/watch?v=7NZmzz0ULFk

Videntes

Também chamada clarividência, é a visão hiperfísica.
Médiuns videntes: os que, em estado de vigília (acordado), vêem os Espíritos.  A visão acidental e fortuita de um Espírito, numa circunstância especial, é muito freqüente; mas, a visão habitual, ou facultativa dos Espíritos, sem distinção, é excepcional.
        "É uma aptidão a que se opõe o estado atual dos órgãos visuais. Por isso é que cumpre nem sempre acreditar na palavra dos que dizem ver os Espíritos."
Vidência: Pode apresentar-se:
  • de forma ativa, em que o sujeito projeta-se e percebe o mundo espiritual, 
    A vidência ativa pode ser:
    • exterior (objetiva), em que o sensitivo capta a ocorrência espiritual como
    • normalmente percebe qualquer objeto do mundo físico que o rodeia, 
    • ou interior (subjetiva), em que as imagens se sucedem na intimidade da mente, sem a sensação que uma percepção em nível tridimensional pode realmente produzir.
  • ou passiva, em que recebe a imagem em sua mente, como um processo telepático comum.
  • Os médiuns videntes são dotados da faculdade de ver os Espíritos.  Alguns gozam dessa faculdade em estado normal, quando perfeitamente acordados, e conservam lembrança precisa do que viram.  Outros só a possuem em estado sonambúlico, ou próximo do sonambulismo.  
            Raro é que esta faculdade se mostre permanente; quase sempre é efeito de uma crise passageira
            Na categoria dos médiuns videntes se podem incluir todas as pessoas dotadas de dupla_vista.  A possibilidade de ver em sonho os Espíritos resulta, sem contestação, de uma espécie de mediunidade, mas não constitui, propriamente falando, o que se chama médium vidente.
            O médium vidente julga ver com os olhos, como os que são dotados de dupla vista; mas, na realidade, é a alma quem vê e por isso é que eles tanto vêem com os olhos fechados, como com os olhos abertos; donde se conclui que um cego pode ver os Espíritos, do mesmo modo que qualquer outro que têm perfeita a vista. 
            Sobre este último ponto caberia fazer-se interessante estudo, o de saber se a faculdade de que tratamos é mais freqüente nos cegos.
            Espíritos que na Terra foram cegos nos disseram que, quando vivos, tinham, pela alma, a percepção de certos objetos e que não se encontravam imersos em negra escuridão
     Na obra de Allan Kardec pode ser explicada a partir do esquema abaixo:
    Estado de Consciência
    Transe Profundo 
    (estado sonambúlico e de êxtase, em terminologia kardequiana)
    Transe Superficial 
    (crise passageira, em terminologia kardequiana)
    Fenômenos Anímicos
    Clarividência 
    sonambúlica ou lucidez
    Fenômenos Mediúnicos
    Clarividência mediúnica
    Vidência mediúnica
    Mecanismo Geral
    Emancipação da alma
    A chave da distinção entre a clarividência e a vidência mediúnicas, encontrada na obra kardequiana, reside na extensão (profundidade) do transe mediúnico.
    • Aparições acidentais e espontâneas
      • São freqüentes, sobretudo no momento da morte das pessoas que aquele que vê amou ou conheceu e que o vêm prevenir de que já não são deste mundo.  Há inúmeros exemplos de fatos deste gênero, sem falar das visões durante o sono.  Doutras vezes, são, do mesmo modo, parentes, ou amigos que, conquanto mortos há mais ou menos tempo, aparecem, ou para avisar de um perigo, ou para dar um conselho, ou, ainda, para pedir um serviço.

        O serviço que o Espírito pode solicitar é, em geral, a execução de uma coisa que lhe não foi possível fazer em vida, ou o auxílio das preces.  Estas aparições constituem fatos isolados, que apresentam sempre um caráter individual e pessoal, e não efeito de uma faculdade propriamente dita.  A faculdade consiste na possibilidade, senão permanente, pelo menos muito freqüente de ver qualquer Espírito que se apresente, ainda que seja absolutamente estranho ao vidente.  A posse desta faculdade é o que constitui, propriamente falando, o médium vidente.
    • Faculdade propriamente dita de ver os Espíritos
      • Entre esses médiuns, alguns há que só vêem os Espíritos evocados e cuja descrição podem fazer com exatidão minuciosa.  Descrevem-lhes, com as menores particularidades, os gestos, a expressão da fisionomia, os traços do semblante, as vestes e, até, os sentimentos de que parecem animados.  Outros há em quem a faculdade da vidência é ainda mais ampla: vêem toda a população espírita ambiente, a se mover em todos os sentidos, cuidando, poder-se-ia dizer, de seus afazeres.
      •  A faculdade de ver os Espíritos pode, sem dúvida, desenvolver-se, mas é uma das de que convém esperar o desenvolvimento natural, sem o provocar, em não se querendo ser joguete da própria imaginação.  Quando o gérmen de uma faculdade existe, ela se manifesta de si mesma.  Em princípio, devemos contentar-nos com as que Deus nos outorgou, sem procurarmos o impossível, por isso que, pretendendo ter muito, corremos o risco de perder o que possuímos.
                Quando dissemos serem freqüentes os casos de aparições espontâneas, não quisemos dizer que são muito comuns.  Quanto aosmédiuns videntes, propriamente ditos, ainda são mais raros e há muito que desconfiar dos que se inculcam possuidores dessa faculdade. E prudente não se lhes dar crédito, senão diante de provas positivas.
                Não aludimos sequer aos que se dão à ilusão ridícula de ver os Espíritos_glóbulos; falamos apenas dos que dizem ver os Espíritos de modo racional.  E fora de dúvida que algumas pessoas podem enganar-se de boa-fé, porém, outras podem também simular esta faculdade por amor-próprio, ou por interesse.  Neste caso, é preciso, muito especialmente, levarem conta o caráter, a moralidade e a sinceridade habituais; todavia, nas particularidades, sobretudo, é que se encontram meios de mais segura verificação, porquanto algumas há que não podem deixar suspeita, como, por exemplo, a exatidão no retratar Espíritos que o médium jamais conheceu quando encamados. 
      • Clarividência é a faculdade mediúnica de ver com detalhes não apenas os espíritos mas cenas do plano espiritual.  A percepção, viaclarividência, é mais aprofundada. A pessoa entra em transe, permanecendo, mesmo que por breve tempo, em estado sonambúlico.
      • Clarividência [do latim claru + -i- + videntia]
        • 1. Para a Doutrina Espírita, é propriedade inerente à alma e que dá a certas pessoas a faculdade de ver sem o auxílio dos órgãos da visão. 
        • 2. Visão mais perfeita, mais clara. Faculdade de ver sem o auxílio dos órgãos da visão. É uma faculdade inerente à própria natureza da alma ou do Espírito, e que reside em todo o seu ser; eis porque em todos os casos em que há emancipação_da_alma, o homem tem percepções independentes dos sentidos. No estado corporal normal, a faculdade de ver é limitada pelos órgãos materiais: desprendida desse obstáculo, ela não é mais circunscrita, estende-se por toda a parte onde a alma exerce sua ação: tal é a causa da visão_à_distância de que gozam certossonâmbulos. Eles se vêem no próprio local que observam e descrevem ainda que este se situe mil léguas à distância, visto que, se o corpo não se acha acolá, a alma, em realidade, ali se encontra. Pode-se, pois, dizer que o sonâmbulo vê pelos olhos da alma.
        CLARIVIDÊNCIA E CLARIAUDIÊNCIA
                A conjugação de ondas mentais surge, presente, em todos os fatos mediúnicos. Idêntico mecanismo preside os fenômenos da clarividênciae da clariaudiência, porquanto, pela associação avançada dos raios mentais entre a entidade e o médium dotado de mais amplas percepções visuais e auditivas, a visão e a audição se fazem diretas, do recinto exterior para o campo íntimo, graduando-se, contudo, em expressões variadas.
                Escasseando os recursos ultra-sensoriais, surgem nos médiuns dessa categoria a vidência e a audição internas, mais entranhadamente radicadas na conjugação de ondas.
                Atuando sobre os raios_mentais do medianeiro, o desencarnado transmite-lhe quadros e imagens, valendo-se dos centros autônomos davisão_profunda, localizados no diencéfalo, ou lhe comunica vozes e sons, utilizando-se da cóclea, tanto mais perfeitamente quanto mais intensamente se verifique a complementação vibratória nos quadros de freqüência das ondas, ocorrências essas nas quais se afigura ao médium possuir um espelho na intimidade dos olhos ou uma caixa acústica na profundeza dos ouvidos.
      • Os olhos e os ouvidos materiais estão para a vidência e para a audição como os óculos estão para os olhos e o ampliador de sons para os ouvidos — simples aparelhos de complementação
                Toda percepção é mental. Surdos e cegos na experiência física, convenientemente educados, podem ouvir e ver, através de recursos diferentes daqueles que são vulgarmente utilizados. A onda_hertziana e os raios_X vão ensinando aos homens que há som e luz muito além das acanhadas fronteiras_vibratórias em que eles se agitam, e o médium é sempre alguém dotado de possibilidades neuropsíquicas especiais que lhe estendem o horizonte dos sentidos.
                Há médiuns que dizem ver e ouvir, tão-somente pelo processo curial de percepção na Terra.
                Isso acontece, por uma questão de costume cristalizado. O médium pensa ouvir o espírito, através dos condutos auditivos, e supõe vê-lo, como se o aparelho fotográfico dos olhos estivesse funcionando em conexão com o centro da memória, no entanto, isso resulta do hábito.  Ainda mesmo no campo de impressões comuns, embora a criatura empregue os ouvidos e os olhos, ela vê e ouve com o cérebro, e, apesar de océrebro usar as células_do_córtex para selecionar os sons e imprimir as imagens, quem vê e ouve, na realidade, é a mente.  
                Possuímos urna prova disso, quando o homem se encontra naturalmente desdobrado, cada noite, durante o sono, vendo e ouvindo, a despeito da inatividade dos órgãos carnais, na experiência a que chamam  «vida de sonho».
                Somos receptores de reduzida capacidade, à frente das inumeráveis formas de energia que nos são desfechadas por todos os domínios doUniverso, captando apenas humilde fração delas.  
                Todos os sentidos na esfera fisiológica pertencem à alma, que os fixa no corpo_carnal, de conformidade com os princípios estabelecidos para a evolução dos Espíritos reencarnados na Terra
                Em suma, nossa mente é um ponto espiritual limitado, a desenvolver-se em conhecimento e amor, na espiritualidade infinita e gloriosa de Deus. 
         É necessário concentração para que o médium perceba a presença de um mentor_espiritual, que queira apresentar-se, exercendo apenas branda influência sobre o médium, abdicando de qualquer pressão mais forte, suscetível de provocar viciosa imanação, em desfavor do médium
        • Se a mente do médium alimentar propósitos diferentes.
        • Se for incapaz de concentrar a atenção, de modo irrepreensível, na região superior do trabalho, não terá êxito.
        Zoovidente [do latim zoo + vidente] - Animal (principalmente cães e cavalos) que tem a faculdade anímica de vidência de Espíritos desencarnados.